segunda-feira, 16 de abril de 2012

Rumo à Estação do Livro: embarque nessa viagem!

              
João Eudes Gomes e Nazareno Félix,
editor do MacauEducação
  Em comemoração ao Dia Mundial do Livro – 23 de março -, instituído pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1996, a Comunidade Norte Rio-grandense em Defesa da Cidadania, OSCIP macauense presidida pelo promotor cultural João Eudes Gomes, lança nos próximos dias 21 e 22 de maio, a CAMPANHA PELA IMPLANTAÇÃO DA ESTAÇÃO DO LIVRO, a ser sediada na antiga Estação Ferroviária de Macau, localizada no Porto São Pedro, que se encontra abandonada há 22 anos. A iniciativa busca amparo nas políticas públicas dos Ministérios das Cidades e da Cultura que, em 2012, estará lançando a Campanha Nacional do Livro Popular para levar à população um espaço onde se possa encontrar e ter acesso livre a livros.
                O evento acontecerá em frente ao prédio da Estação e terá início às 9h, com uma grafitagem feita por uma equipe de artistas coordenada por Carcará, artista popular representante da Central Única das Favelas no RN – CUFA. Ainda dentro da programação dos dois dias, a Brinquedoteca dos artistas Ricardo Buyhu, João Lins e Demy Gonzaga, que apresentarão o espetáculo “As malas que cantam e contam histórias”, para deleite do público infantil.Será distribuído também durante o evento, um CD com 19 músicas da MPB cuja temática é “trem”, cuja capa é uma foto da Estação Ferroviária na atualidade, em total estado de abandono.
                A Comunidade/RN pretende, através desta Campanha, conseguir junto ao Ministério da Cultura, investimentos para implantação do Programa“Praças do PAC”, que prevê a implantação de 800 Praças dos Esportes e da Cultura (PECs) em municípios de todas as regiões brasileiras, até o final de 2014. Estes locais serão espaços destinados a promover a cidadania em áreas de alta vulnerabilidade social, (como é o caso do Conjunto Arnóbio Abreu, onde está localizada a Estação), por meio da realização de programas e ações culturais, práticas desportivas e de lazer, oficinas de formação e qualificação profissional, serviços de assistência social, de prevenção à violência e de inclusão digital.Entre as ações que serão desenvolvidas nas Praças, o Ministério da Cultura irá implantar Telecentros, Bibliotecas, Oficinas Culturais, Cineteatros e Auditórios para a realização de espetáculos artísticos.
                No Manifesto da Campanha,uma lamentável verdade: “Na terra do poeta Edinor Avelino. pode se comprar tudo: crack, cocaína, maconha, loló, facas, revólveres, chicotes, cassetetes, carne humana, mas não se encontra um lugar e/ou livraria no qual se possa adquirir um livro”. Fato. Fato também que os Governos Estadual e Municipal nada fazem em prol da cultura de Macau, basta passar pelas Ruas 13 de Maio e São José e vislumbrar as ruínas do Teatro Municipal “Hianto de Almeida” e da “Casa da Cultura Popular”, abandonados e saqueados, abrigos de consumo de drogas e prostituição.
                Portanto, URGE aderir à CAMPANHA PELA IMPLANTAÇÃO DA ESTAÇÃO DO LIVRO: pela democratização da leitura. Pelas futuras gerações. Por todos nós, macauenses.

                

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