domingo, 18 de novembro de 2012


Federalização da Educação básica volta a ser discutida

Na próxima quarta-feira (21), a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) dará continuidade ao ciclo de audiências públicas sobre o tema Educação e Federalismo. O objetivo da discussão é averiguar se a responsabilidade pela educação básica deve ser do governo federal. Atualmente, a obrigação é dos municípios.

Na sexta audiência do ciclo, foram convidados a expressar sua opinião sobre o tema o presidente do Instituto Alfa e Beto, João Batista Oliveira; a educadora Guiomar Namo de Mello; e o cientista político Fernando Abrúcio.

O ciclo de audiências é uma iniciativa dos senadores Cristovam Buarque (PDT-DF), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). A reunião terá início às 10h, na sala 15 da Ala Senador Alexandre Costa.

A audiência será transmitida pelo site da TV Senado (www.senado.leg.br/tv) e pelo site do Instituto Legislativo Brasileiro (www.senado.leg.br/sf/senado/ilb). Perguntas podem ser enviadas aos convidados, no dia da reunião, por meio do Alô Senado, pelo telefone (0800 61 22 11), por formulário disponível no site (www.senado.leg.br/alosenado) ou pelas redes sociais (facebook.com/alosenadofederal ou twitter.com/AloSenado).

Fonte: Agência Senado
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terça-feira, 13 de novembro de 2012


Alfabetização - Pacto prevê oferta de cursos de formação para 360 mil professores

O governo federal vai investir R$ 2,7 bilhões até 2014 na formação dos professores de classes de alfabetização em escolas públicas. A 360 mil alfabetizadores em todo o país serão concedidas bolsas para cursos de formação. Além disso, o governo oferecerá prêmios em dinheiro a professores e escolas que obtiverem os melhores resultados.

Os recursos se estenderão à compra de livros didáticos e de literatura e à avaliação do aprendizado das crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental.

Essas iniciativas fazem parte do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), tema do programa de rádio Café com a Presidenta desta segunda-feira, 12, transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). “Nosso objetivo é fazer com que todas as crianças do nosso país, sem exceção, sejam alfabetizadas até os oito anos de idade”, disse a presidenta da República, Dilma Rousseff. “Isso quer dizer que, com essa idade, toda criança vai ter de saber ler, escrever, interpretar um texto simples e, também, somar e subtrair e ter noções de multiplicar e dividir.”

Segundo a presidenta, 15% das crianças com oito anos de idade não conseguem interpretar um texto ou fazer as contas básicas. “Por causa dessa dificuldade, elas não conseguem aprender as outras matérias ensinadas nos anos seguintes, e muitas são reprovadas; algumas até abandonam a escola”, afirmou.

pacto pela alfabetização na idade certa foi lançado pela presidenta na quinta-feira, 8, em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Dilma ressaltou ainda que o aprendizado será avaliado. “Todos os anos, as crianças do segundo e terceiro anos do ensino fundamental vão fazer uma prova, que vai verificar se elas realmente estão aprendendo”, afirmou. “Se a prova mostrar que alguma criança está ficando para trás, ainda haverá tempo de ajudar essa criança a aprender na idade certa.”

O objetivo de todo o esforço do governo federal com o pacto, segundo a presidenta, é atrair para a alfabetização os melhores professores das escolas públicas. “Vamos premiar os melhores resultados”, salientou. “Já reservamos R$ 500 milhões para essa premiação, pois achamos que o Brasil deve reconhecer e valorizar as melhores práticas educacionais, os melhores professores e as escolas mais bem-sucedidas.”

Fonte: MEC

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Museu José Elviro - 60 anos de resistência*
Por Alex Gurgel
João de Aquino - Patrimônio da história macauense
 Foto: autor desconhecido

Foto Alex Gurgel
Várias âncoras antigas em estado avançado de ferrugem em meio às louças pertencentes às famílias da região, dezenas de oratórios, fósseis milenares, ferros de escravos e materiais diversos que o senhor João de Aquino colecionava, estão amontoados num grande galpão, que abriga o Museu José Elviro, o único museu vivo de Macau, com visitação diária.

Parte da história macauense está entranhada no Museu José Elviro. Entre as raridades que estão expostas é possível destacar a Pia Batismal, em estilo barroco, onde foram batizados a Baronesa de Serra Branca e monsenhor Joaquim Honório da Silva; objetos de arte sacra do século XVII com pintura original; pedestal da Santa Cruz, que o português Manoel Gonçalves chantou em terra brasileira.


Gilson Barbosa
Foto: Alex Gurgel
Atualmente, o Museu José Elviro é cuidado por Gilson Barbosa de Lima, funcionário da prefeitura cedido para o museu, desde 1996. Conforme Gilson, o interesse de João de Aquino em colecionar objetos de cunho histórico surgiu quando alguém o presenteou com uma antiga imagem de Sant’Ana (a primeira peça do museu), em 1936. “Atualmente, o Museu tem em seu acervo cerca de 6 mil peças”, afirmou Gilson.


Além de moedas e selos do tempo do Brasil Imperial, o Museu José Elviro guarda preciosos documentos da Guerra do Paraguai, mais de 100 objetos pessoais que pertenceram ao monsenhor Honório e uma cadeira quase intacta do 1º Juiz de Paz de Macau. Tudo isso está catalogado desde 1998, quando a Fundação José Augusto enviou uma equipe para fazer o levantamento das peças.


Entre as relíquias do museu, há objetos que contam a história do município, como o pelourinho onde os escravos que tentavam fugir eram acorrentados, as próprias correntes usadas pelos escravos,  a ata da primeira sessão da Câmara Municipal de Macau, datada de 18 de outubro de 1947, instalada pelo senhor Jerônimo Pereira de Macedo, além de um grande livro contendo uma coleção com mais de 10 mil selos nacionais e estrangeiros.


Caminhar pelo grande galpão é conhecer a história de Macau e parte da história do Rio Grande do Norte, que há mais de 50 anos o sonho de João de Aquino cultivou e transformou em museu o acervo que juntou e reuniu nessa precária edificação no centro de Macau, sede da antiga Companhia de Navegação, localizado na Rua Augusto Severo.


(*) Texto publicado originalmente no blog Macau em dia em 12/09/2010.