Por Alex Gurgel
Parte da história macauense está entranhada no Museu José Elviro. Entre as raridades que estão expostas é possível destacar a Pia Batismal, em estilo barroco, onde foram batizados a Baronesa de Serra Branca e monsenhor Joaquim Honório da Silva; objetos de arte sacra do século XVII com pintura original; pedestal da Santa Cruz, que o português Manoel Gonçalves chantou em terra brasileira.
João de Aquino - Patrimônio da história macauense Foto: autor desconhecido |
Foto Alex Gurgel |
Várias âncoras antigas em estado
avançado de ferrugem em meio às louças pertencentes às famílias da região,
dezenas de oratórios, fósseis milenares, ferros de escravos e materiais
diversos que o senhor João de Aquino colecionava, estão amontoados num grande
galpão, que abriga o Museu José Elviro, o único museu vivo de Macau, com
visitação diária.
Parte da história macauense está entranhada no Museu José Elviro. Entre as raridades que estão expostas é possível destacar a Pia Batismal, em estilo barroco, onde foram batizados a Baronesa de Serra Branca e monsenhor Joaquim Honório da Silva; objetos de arte sacra do século XVII com pintura original; pedestal da Santa Cruz, que o português Manoel Gonçalves chantou em terra brasileira.
Gilson Barbosa Foto: Alex Gurgel |
Atualmente, o Museu José Elviro
é cuidado por Gilson Barbosa de Lima, funcionário da prefeitura cedido para o
museu, desde 1996. Conforme Gilson, o interesse de João de Aquino em colecionar
objetos de cunho histórico surgiu quando alguém o presenteou com uma antiga
imagem de Sant’Ana (a primeira peça do museu), em 1936. “Atualmente, o Museu
tem em seu acervo cerca de 6 mil peças”, afirmou Gilson.
Além de moedas e selos do tempo do
Brasil Imperial, o Museu José Elviro guarda preciosos documentos da Guerra do
Paraguai, mais de 100 objetos pessoais que pertenceram ao monsenhor Honório e
uma cadeira quase intacta do 1º Juiz de Paz de Macau. Tudo isso está catalogado
desde 1998, quando a Fundação José Augusto enviou uma equipe para fazer o
levantamento das peças.
Entre as relíquias do museu, há
objetos que contam a história do município, como o pelourinho onde os escravos
que tentavam fugir eram acorrentados, as próprias correntes usadas pelos
escravos, a ata da primeira sessão da
Câmara Municipal de Macau, datada de 18 de outubro de 1947, instalada pelo senhor
Jerônimo Pereira de Macedo, além de um grande livro contendo uma coleção com
mais de 10 mil selos nacionais e estrangeiros.
Caminhar pelo grande galpão é
conhecer a história de Macau e parte da história do Rio Grande do Norte, que há
mais de 50 anos o sonho de João de Aquino cultivou e transformou em museu o
acervo que juntou e reuniu nessa precária edificação no centro de Macau, sede
da antiga Companhia de Navegação, localizado na Rua Augusto Severo.
(*) Texto publicado originalmente no blog Macau em dia em 12/09/2010.
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