sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Macau 2020

"Valmira, minha filha..."


Não fosse dito pela pessoa do prefeito municipal de Macau, o discurso feito para comemorar o dia do funcionário público poderia estar na galeria dos grandes administradores mundo afora, comparável ao discurso do prefeito de Londres, que realiza no próximo ano as Olimpíadas, ou ao do atual prefeito do Rio de Janeiro, que realizará a Olimpíada seguinte. Mudanças estruturais substanciais e duradouras para os macauenses.
“Valmira, minha filha. Por favor, Valmira, você está tirando o meu raciocínio,”, disse o prefeito, de cima do palanque...
Um senão, entretanto impede que o discurso - assim como tantos outros já proferidos aos  macauenses – tenha credibilidade: a descrença nutrida pela população diante as promessas do gestor de Macau. Assim como Valmira...

Reformar e pintar meio-fio e fachadas dos prédios públicos não é algo que se possa afirmar como sendo obras de infra-estrutura da cidade. Sorteio e jantares para comemorações de funcionários públicos, aquisição de fardas e equipamentos para vigilantes, ou uniformes para equipes desportivas menos ainda.  

Embora a propaganda de que “Macau ta melhor!” queira demonstrar o contrário.

Os planos da atual administração, longe do desenvolvimento de Macau, são outros, e visam a outros interesses, que vão de encontro ao interesse da comunidade, se levarmos em consideração que sem uma política pública honesta para a EDUCAÇÃO do município, nenhum outro segmento da comunidade logrará êxito na busca por mudanças substanciais e permanentes para a comunidade. Sorteios de eletroeletrônico o farão? Artistas de qualidade duvidosa, e preços idem, contratados sem a devida transparência o farão? Oito mil latinhas de cervejas o farão?
Sobre a EDUCAÇÃO, não se ouviu palavra. Educação mesmo só quando o senhor prefeito dirigiu-se a Valmira. Se Valmira tiver entendido o que ele queria dizer com o Macau 2020...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Macau - Direitos do Magistério

Requerimento Modelo
"Mudança de Nível"


Mulher

Outubro Rosa: salvar vidas é um dever de todos
Daniele Barreto



Foto:ArquivoMacauEducação*

O "Outubro Rosa' é um movimento internacional, que começou nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo, estimulando a participação da população, entidades, governos e empresas na luta contra o câncer de mama. As ações visam conscientizar sobre a importância da prevenção pelo diagnóstico precoce. A campanha ganhou mais visibilidade quando surgiu a ação de iluminar de rosa monumentos, prédios públicos, pontes, teatros, empresas etc., unindo o mundo através da cor e da imagem.

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos novos casos a cada ano. É uma doença que pode se manifestar de diversas formas e conhecer os sintomas auxilia o diagnóstico. O sintoma mais comum é o aparecimento de um caroço, que pode ser detectado por exames clínicos e mamografia. Embora seja curável, é uma doença grave e a detecção precoce aumenta em 90% as chances de tratamento e cura. No Brasil, as taxas de mortalidade ainda são elevadas, provavelmente porque a doença é detectada em estágios avançados – pela falta de informação da população.

Auxiliar as mulheres a detectar a doença – aumentando, assim, a chance de cura – é um dever de toda a sociedade. E não há forma mais eficaz de ajudar do que contribuir com a divulgação de informações e a conscientização. Portanto, além de aderias às campanhas na internet, mediante postagens em blogs, redes sociais e sites, é fundamental também lembrar de cuidar daquelas mulheres que estão ao nosso lado: mãe, tias, irmãs, amigas, avós, vizinhas, colegas de trabalho, esposa, primas...

Toda mulher acima de 40 anos ou mais deve procurar um posto de saúde para ter as mamas examinadas, uma vez ao ano. E as que estão entre os 50 e 69 anos devem se submeter a cada dois anos à mamografia. Todas as mulheres têm direito à mamografia a partir dos 40 anos, garantida pela Lei 11.664/2008.

Todos juntos contra o câncer de mama!!!

Fonte: Jornal O Mossoroense, coluna Opinião, pág. 2, 23/10/2011
(*)Fotomontagem com imagens Google

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Dinheiro na educação

Prefeituras e escolas têm prazo para garantir recursos

Parque infantil numa escola do município de Macau-RN

Termina na próxima segunda-feira, 31, o prazo para as prefeituras aderirem ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). As redes de ensino que não fizerem a adesão ficam sem os recursos do programa este ano.

As escolas públicas também precisam atualizar seus dados cadastrais para serem beneficiadas. Para aderir ou atualizar o cadastro, basta acessar o sistema PDDEweb, disponível na página eletrônica do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

“É bom lembrar que as escolas com mais de 50 alunos deverão possuir Unidade Executora Própria (UEx) para serem beneficiadas pelo programa”, afirma José Maria Rodrigues de Souza, coordenador-geral de apoio à manutenção escolar do FNDE.

Criado em 1995, o PDDE repassa recursos diretamente às unidades de ensino para pequenos reparos e manutenção da infraestrutura, além de compra de material de consumo e bens permanentes, como geladeira e fogão. O programa também financia a educação integral e o funcionamento das escolas nos fins de semana, entre outras ações. O orçamento para 2011 é de R$ 1,5 bilhão.

Fonte: http://portal.mec.gov.br. Acesso em 26/10/2011.

INDIGESTÃO

MEC/FNDE solicita ao Conselho de Alimentação Escolar de Macau-RN apuração sobre denúncias na gestão da merenda escolar do município.
Conselheiros do CAE/Macau reunidos
 em Assembleia Extraordinária
 O Conselho de Alimentação Escolar de Macau-RN reuniu-se extraordinariamente nesta terça-feira 25/10/2011, para tratar da questão de denúncias na distribuição da merenda escolar nas escolas e creches do município, de acordo com documento enviado pelo COMAC/CGPAE/DIRAE/FNDE (Ofício nº 1524/2011). O documento alerta para supostas irregularidades na execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE.

Ofício do MEC/FNDE e ofício do CAE ao prefeito

Manoel Nazareno Félix da Silva, presidente do Conselho, afirma que as providências de responsabilidade do Conselho estão sendo tomadas, e afirma que os problemas estão se avolumando no caso da merenda escolar por causa da falta de planejamento das secretarias responsáveis pela aquisição e pela distribuição dos produtos.

Ofícios enviados ao MP de Macau e à Secretária de Educação.

Ata do Conselho Escolar da E.M. Luzia Bonifácio (Diogo Lopes)
relatando os problemas com a merenda escolar,
e ofício enviado à secretária de Educação.
Segundo Manoel Nazareno, antes mesmo do MEC/FNDE solicitar a apuração das denúncias, o Conselho já vinha alertando as autoridades responsáveis para o problema. E, após passar o primeiro semestre sem merenda no município, a maioria das escolas, agora, enfrenta problemas que vão da falta de água, gás, e de merendeiras para que a distribuição seja feita diariamente aos cerca de 4.500 alunos da rede.

Outro problema, que há muito vem sendo levado ao conhecimento dos gestores do município é a falta de estrutura física nos prédios onde funcionam as escolas. Algumas creches funcionam em prédios residenciais, e as escolas em prédios que não estão de acordo com as normas, acarretando o problema do armazenamento adequado, de acordo com as normas do PNAE.

“Nas escolas não há um local com refrigeração para armazenar os produtos da merenda. Em algumas, os produtos são guardados no mesmo local onde se guarda material de limpeza, restos de material de expediente, entre outros. O depósito na sede da Secretaria também não atende às normas básicas de armazenamento. Não tem ventilação, e alguns produtos são depositados no chão. Por falta das condições básicas, produtos que são adquiridos com o dinheiro público para a merenda escolar são desperdiçados”, afirmou o presidente do Conselho.
Ofício reiterando envio de informação da Secretaria,
e armário onde são guardados produtos da merenda.

Outro agravante, no caso da distribuição diária de merenda para os alunos é o fato quem em algumas escolas não há pessoal suficiente – merendeiras e auxiliares – para fazer o serviço. No Ano da Educação, o prefeito dispensou as merendeiras contratadas, fazendo com que centenas de alunos fiquem sem a merenda por causa da falta de pessoal par fazê-la.

A reunião tratou também de uma denúncia ainda mais grave, que se trata do roubo de produtos da merenda escolar na sede da própria Secretaria de Educação. Segundo o presidente, foi solicitado à secretária Mércia Maria Teixeira da Silva Barros os esclarecimentos do fato, mas até a data da realização da reunião, a secretária não se pronunciou oficialmente. O Conselho aprovou o envio de um relatório do caso para o Ministério Púbico Municipal, Estadual e Federal.


 

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

domingo, 23 de outubro de 2011

Reconhecimento nacional

João Eudes Gomes, produtor cultural macauense, é premiado nacionalmente pelo Ministério da Cultura

 
João Eudes Gomes, produtor cultural.
 Foto:baúdemacau
 O Ministério da Cultura premiou dois projetos culturais no estado do Rio Grande do Norte. Um na capital, Natal, e o outro em Macau. Concorrendo com centenas de projetos, a Comunidade Norte Rio-grandense em Defesa da Cidadania, OSCIP liderada pelo produtor cultural macauense João Eudes Gomes, recebeu do Ministério da Cultura o Prêmio “Mídia Livre”. O projeto macauense premiado é o Programa Cultural “É só pra dar um toque”, veiculado pela Rádio Comunitária FM Solidariedade, dirigido por João Eudes Gomes.

O É só pra dar um toque, além da comunicação livre, pública e compartilhada, promove a literatura, artes plásticas, teatro de rua, teatro de bonecos, música popular, cinema, pesquisa, formação social. O prêmio é o reconhecimento nacional pelo trabalho desenvolvido pela FM Comunitária Solidariedade e o valor, R$ 50.000,00, será investido na continuidade das atividades da entidade. A Comunidade sobrevive de doações e incentivos à cultura por parte de empresas privadas e por companheiros que acreditam no trabalho já sedimentado, sensibilizados com o empenho de João Eudes em promover a cultura do nosso município.
Alguém sabe onde acontecem todos estes eventos em Macau?
Premiada pelo Ministério da Cultura, a FM Solidariedade realiza suas atividades na Avenida “A”, n.º 42, no Porto São Pedro, e, embora reconhecida como entidade de utilidade pública, e certificada pelo Ministério da Justiça, a Comunidade Norte Rio-grandense em Defesa da Cidadania ainda sofre ações repressivas contra o seu funcionamento. Recentemente, teve mais uma vez, todo o equipamento de rádio apreendido pela Polícia Federal por causa de denúncias contra as rádios comunitárias. Em tempo: a Rádio FM Solidariedade não tem fins lucrativos e/ou comerciais, promove a cultura do município, presta serviços de utilidade pública não só para a comunidade, mas para órgãos públicos notoriamente reconhecidos como o Ministério Público, o Tribunal Regional Eleitoral, a DIRED, Secretarias Municipais.
Entretanto, contra tudo e contra todos que não querem reconhecer o direito da livre expressão e da informação honesta para a comunidade, a luta continua. Segundo João Eudes, no período de 03 a 05 de novembro próximo, a Comunidade estará promovendo, dentro das comemorações alusivas aos Dias Nacionais da Cultura, do Cinema e do Urbanismo, uma série de ações culturais, dentre elas, o I Festival de Literatura Infanto-Juvenil, a partir das 16h, em frente à sede da Comunidade, onde serão distribuídos 300 livros infantis. Também serão lançados neste período dois livros do escritor Cláudio Guerra, “Mulheres Ciumentas e outros contos” e “Marinheiro Só”. Vale a pena conferir e levar os nossos alunos.

Diante do reconhecimento nacional do trabalho de João Eudes frente à CNRDC, algumas perguntas são inevitáveis: onde estão os órgãos públicos municipais responsáveis pela promoção da Cultura na nossa cidade? Que fim levou o Teatro Hianto de Almeida? O que anda fazendo a Fundação Municipal de Cultura, sob o comando do seu presidente, senhor Francisco Gaspar da Silva Paraíba Cabral? Em que estão sendo aplicados os recursos federais destinados para a área cultural do município? Alguém sabe de alguma ação realizada pela secretaria de Cultura, além das viagens do próprio presidente e alguns assessores da Prefeitura Municipal de Macau para eventos turísticos nacionais? Recursos para isso, todos nós sabemos que a Prefeitura tem. Não tem havido, a bem da verdade, planejamento a partir de uma política pública voltada para a cultura, e muito menos compromisso político. Sobra incompetência.
Macau não pode se resumir culturalmente ao axé carnavalesco, forrós pornográficos, a onda gospel, ou a caquéticos Jardins de Infância ou Equipicão.  A Cultura nossa é muito maior que estes senhores que a comandam. A Casa de Cultura Popular, sustentada pelo poder público estadual, está fechada desde quase a sua inauguração. Encontra-se abandonada, saqueada, em ruínas, entregue às moscas, servindo como prostíbulo e local para o consumo de drogas.
Este quadro retrata o descaso dos órgãos públicos de Cultura em Macau, revelando a incompetência e a falta de transparência com os recursos públicos. Simples assim!
A Comunidade Norte Rio-grandense em Defesa da Cidadania não tem recursos próprios. Sobrevive de doações, e do patrocínio de pessoas que acreditam no incansável trabalho de João Eudes Gomes que, na sua constante teimosia, há mais de duas décadas transformou-se na única referência concreta, e atuante na área na cultura para o povo macauense. Macau hoje está inserida, pelo trabalho incansável de João Eudes, no mapa nacional da cultura popular e comunitária! Devemos a ele o nosso reconhecimento.

Oportunidades!!!

Atenção, senhores gestores
responsáveis pela
Cultura de Macau!!!

LITERATURA

IV Encontro Potiguar de Escritores
Foto: grandeponto.blogspot.com

De 24 a 26 de outubro de 2011 no auditório da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras acontecerá  o IV Encontro Potiguar de Escritores, promovido pela União Brasileira de Escritores UBE/RN  com o apoio da Academia  (Programação), oportunidade que a sociedade potiguar terá para conhecer a nossa Literatura e seus autores.

Às 19h do dia 24 de outubro  haverá Abertura Solene, em que será prestada uma homenagem a cinco escritores  vivos  (Afonso Laurentino, Sanderson Negreiros, Enélio Petrovich , Eider Furtado e Dorian Gray) e mais outros 20 (in memoriam)  fundadores da UBE em 14.08.1959, portanto há  52 anos atrás.  Durante os três dias do IV EPE, sempre às 18h, haverá lançamentos de livros, saraus, organizados pela Academia de Trovas do RN-ATRN e a  Sociedade dos Poetas Vivos e Afins- SPVA  e com o apoio do Instituto de Desenvolvimento da Educação  - IDE, através do projeto de  formação de  leitores (crianças de algumas escolas públicas recitarão seus trabalhos/poemas.) Serão ofertadas 100 vagas para a rede pública gratuitamente.

Com temas bem diversificados, que vão de Poetas e Poesia, Bellé Epoque Potiguar, Direito e Literatura, Contribuição  de Cascudo aos Saberes, Vozes  Femininas na Literatura Potiguar, o livro como objeto de desejo, às propostas dos órgãos culturais (FJA,  FUNCARTE e Instituto Cultural do Oeste Potiguar), entre outros.

As inscrições estarão abertas  via site da UBE (www.ubern.org.br)  no período de 10 a 14 de outubro;os educadores da rede pública devem procurar o Instituto de Desenvolvimento da Educação      IDE, pelo telefone 3611-0968, sítio virtual (www.ideducaçao.org.br) -ou e-mail ide.leitura@hotmail.com Outras informações pelo fone  9983-6081.

 

IV ENCONTRO POTIGUAR DE ESCRITORES

ONDE:  Academia Norte-Rio-Grandense Letras

DATA: 24 a 26 de outubro de 2011

Abertura: 24 de outubro de 2011 às 19h

 25 e 26 de outubro de 2011 (das 9h às 18h)

Acesso: mediante inscrição prévia e gratuita

Será emitido Certificado aos que tiverem 100% de participação


Fonte:http://www.grandeponto.blogspot.com. Acesso em 23/10/2011

 

 

sábado, 22 de outubro de 2011

Uma aula de Geografia

Um bilhão de famintos
Walter Belik
Entender conceito de Segurança Alimentar é essencial para saber por que a fome se agrava desde 2008. Aula preparada por Walter Belik para a Carta na Escola Foto: Mustafa Abdi/AFP

A fome existe desde os primórdios da humanidade, mas, desde meados do século XX, as pessoas passaram a se referir às dificuldades decorrentes desse flagelo como um problema de Segurança- Alimentar. A origem do termo remonta ao final da Segunda Guerra Mundial, quando a Europa e o Japão, com seus -territórios destroçados pelo conflito, passaram a ter dificuldade para alimentar as próprias populações. Aos poucos e por meio da ajuda econômica norte-americana, esses países puderam recompor sua agricultura e seu aparelho produtivo de tal forma que em poucos anos passaram a figurar nas listas dos exportadores líquidos de alimentos. Esse resultado foi alcançado por meio de fixação de preços elevados aos produtores locais e barreiras à entrada de alimentos importados.

Nas décadas seguintes, com receio de um novo conflito militar, todos os países do mundo também passaram a adotar estratégias de Segurança Alimentar, elevando os subsídios à produção local, mantendo enormes estoques de segurança e estabelecendo cotas para a importação de alimentos. Na década de 1970, o tema passou a ser discutido no âmbito da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) sob a pressão da alta dos preços do petróleo, que havia também empurrado o custo dos alimentos para cima. Para agravar a situação, o mundo vivia um período de escassez provocada pelos problemas climáticos, por extremo protecionismo e pela Guerra Fria, com os alimentos (ou a falta deles) sendo -utilizados como arma de dissuasão.

Em 1976, sob o enfoque dos Direitos Humanos, aprovou-se no âmbito da ONU o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, que previa o reconhecimento do direito humano à alimentação e a implementação progressiva de leis que o garantissem em todos os países. Vale recordar que, em 1948, logo após a criação da ONU, foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos do Homem, mas esta se referia apenas indiretamente ao tema da alimentação.

Finalmente, em 1996, quando da realização por parte da ONU da Cúpula Mundial da Alimentação, os países chegaram a um acordo sobre a definição de Segurança Alimentar e sobre os mecanismos necessários para viabilizá-la em cada canto do mundo. Em resumo, ela estabelece que, para que um país possa ter Segurança Alimentar, é necessário observar quatro aspectos importantes. O Direito à Alimentação só estaria assegurado se a sociedade e o Estado pudessem garantir que:

a) A população tenha garantia de que haja disponibilidade de alimentos.
b) Todos tenham acesso a esses alimentos.
c) Deve haver estabilidade (ou continuidade da disponibilidade e acesso).
d) O alimento deve ser bom (inocuidade) para o consumo.

Fome em meio à fartura

Dessa maneira, à luz do marco da Segurança Alimentar, a utilização do termo “fome” deve ser visto em um sentido mais amplo. Ou seja, a insegurança alimentar pode estar presente mesmo em situações em que não há crise alimentar. Por exemplo, países produtores e autossuficientes podem estar em situação de insegurança alimentar, caso a população não tenha acesso aos alimentos. Amartya Sen, indiano ganhador do Prêmio Nobel de Economia, destaca que pode haver fome em meio à fartura. Para exemplificar, destaca que, mesmo nos anos mais difíceis da Grande Fome Irlandesa do século XIX, aquele país não deixou de exportar cereais para a Inglaterra. Outro exemplo crítico foi a Grande Fome de Bengala de 1943 vivida por Sen: não houve escassez de alimentos, e sim dificuldade de acesso devido à guerra e à especulação. Por sinal, essa é a mesma situação que os países do Chifre da África estão vivendo nos dias de hoje.

Sem acesso: mesmo no período da Grande Fome Irlandesa, no século XIX,
país continuava exportando cereais

Essas observações se fazem necessárias, pois parece evidente que as políticas de combate à fome devem ser mais abrangentes que as ações emergenciais de doa-ção de alimentos, dinheiro ou a organização de frentes de trabalho, como acontecia frequentemente no Brasil. Como estamos tratando do conceito mais amplo de Segurança Alimentar, não basta empreender ações emergenciais pontuais para estancar uma crise aqui e outra acolá. Em outras palavras, tanto a política pública como a ajuda internacional devem atuar de forma mais estrutural, promovendo o Direito Humano à Alimentação entre a população necessitada.

As cifras da insegurança alimentar são alarmantes no mundo de hoje e estão se elevando desde 2008. Vale lembrar que os países reunidos na Cúpula Mundial da Alimentação de 1996 fecharam um acordo, comprometendo-se com uma redução de 50% no número de pessoas famintas (balizadas pelo indicador de subnutrição da FAO) até o ano 2015. Na ocasião, a meta foi calculada tendo como ano-base 1992, quando havia sido feita a última estatística internacional. Segundo esse compromisso, o mundo deveria reduzir a 400 milhões o total de habitantes subnutridos no ano 2015. No entanto, antecipando-se aos acontecimentos e diante da impossibilidade de se chegar a esse resultado, os países reunidos na Cúpula do Milênio, realizada em 2000, em Seattle, decidiram “arredondar” a meta para uma redução de 50% da proporção de subnutridos em cada país. Ora, como a população tende a crescer, uma redução na proporção pode representar até mesmo mais pessoas em termos absolutos, em comparação com o ano-base. Contudo, verifica-se nos dias de hoje que nem sequer essa meta “arredondada” -estaria próxima de ser atingida.

Piorou: crise financeira e alta de preços agrícolas agravaram o quadro mundial,
especialmente em países como a Somália

Na realidade, até 2008, portanto, no antes da “crise dos alimentos”, as políticas de redução do número de famintos então empregadas haviam provocado pouco impacto no quadro geral da fome. Alguns progressos haviam sido alcançados em países como a China, que em uma década conseguiu retirar 200 milhões de pessoas da miséria, e no Brasil – para ficarmos entre os países mais populosos. Entretanto, o contingente de subnutridos continua-va bastante elevado, em torno de 700 milhões. Recentemente, com a crise financeira internacional e a alta dos preços agrícolas, a situação se agravou. O número de famintos, em vez de recuar, aumentou, superando a casa de 1 bilhão em uma população mundial da ordem de 6 bilhões de indivíduos, sendo que três quartas partes estariam domiciliadas nas áreas rurais. Em termos globais, um em cada quatro moradores das áreas rurais passa fome.

Um brasileiro nas Nações Unidas
Não cabe aqui analisar as causas dessa crise, mas é evidente que, quando se miram os níveis da produção mundial de alimentos, observa-se que não há escassez. Mesmo olhando para o futuro, com o crescimento da demanda nos países emergentes, a produção e os rendimentos agrícolas estão aumentando e não há como justificar a alta dos alimentos por um possível desencontro entre oferta e demanda. Não há lugar para o alarmismo e o neomalthusianismo quando observamos as cifras da oferta mundial de alimentos. Outros fatores como a especulação com commodities, estoques mundiais reduzidos e pressões de curto prazo para o uso de biomassas vegetais para a produção de combustíveis podem explicar melhor a crise e demonstram que o mundo já esqueceu os -velhos preceitos da Segurança Alimentar.

Tendo em vista a desaceleração das economias centrais que está ocorrendo neste ano, os preços agrícolas até recuaram um pouco, mas não há perspectivas de alteração de sinal para o futuro. Ademais, com a crise internacional, os países ricos diminuí-ram seus compromissos de ajuda internacional – inclusive nos repasses em apoio à FAO. Vale mencionar que, pelo Consenso de Monterrey de 2002, os países centrais se comprometeram em gastar 0,7% do PIB em ajuda internacional. Já os países pobres – principalmente aqueles das zonas convulsionadas – estão deixando de investir na produção. Mais do que isso, conflitos políticos – como acontece agora com a Primavera Árabe, conflitos étnicos – como é o caso de Darfur, no Sudão do Sul, e problemas causados pela mudança climática estão causando um enorme retrocesso nos países pobres. Em estudo recente, técnicos da FAO estimaram que uma inversão de, aproximadamente, US$ 30 bilhões anuais nos países pobres seria suficiente para erradicar a fome no mundo em dez anos. Comparados às cifras da ajuda do governo norte-americano aos bancos ou da crise europeia, esses recursos representam muito pouco.

Nesse contexto de crise deverá assumir o novo Diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, comandando um orçamento de US$ 1,5 bilhão por ano e um contingente de 3,5 mil funcionários. A FAO possui representantes em praticamente cada país do planeta. Nas nações pobres, o representante da FAO é um verdadeiro ministro da Agricultura e os técnicos agrícolas, da pesca, agentes sanitários etc. são todos contratados pela FAO. Essa máquina fabulosa se encontra atualmente bastante emperrada em razão de problemas administrativos e da falta de cooperação dos próprios países beneficiados. O trabalho deve começar desde logo, não há tempo para comemorações ou acertos políticos. Trata-se de um enorme desafio. É a primeira vez que um brasileiro assume um posto tão elevado no sistema das Nações Unidas.

Walter Belik é professor de Economia Agrícola e coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/carta-na-escola. Acesso em 22/10/2011. 22h

Domingo é dia de redação no ENEM!


Na redação, candidato precisa saber dissertar e argumentar

Foto:GoogleImagem
A redação, que faz parte das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste domingo, 23, merece atenção especial. Conforme o edital do exame deste ano, o candidato deve fazer um texto dissertativo-argumentativo de no máximo 30 linhas, desenvolvido a partir de uma situação-problema e de subsídios oferecidos para permitir o desenvolvimento de uma reflexão escrita. Para que o texto seja corrigido, deve ser transcrito na Folha de Redação.
Cada texto passará por dois corretores, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. A nota final — até mil pontos — corresponderá à média aritmética simples das notas dos dois corretores. Em caso de discrepância de 300 ou mais pontos na nota atribuída pelos corretores, a redação passará por uma terceira verificação, a cargo de um supervisor. A nota por ele atribuída substituirá a dos demais corretores.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem, lembra aos candidatos que o
edital do exame define uma série de situações que podem resultar em nota zero na redação:


• Não atendimento à proposta solicitada ou desenvolvimento de outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo, o que configurará fuga ao tema ou não atendimento ao tipo textual;

• Entrega da folha de redação sem texto escrito, o que é considerado em branco;

• Redação de até sete linhas, qualquer que seja o conteúdo, o que configura texto insuficiente;

• Linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no caderno de questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas;

• Apresentação de impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação.
Fonte:http://portal.mec.gov.br. ACS. Sábado, 22 de outubro de 2011 - 6h30

ENEM 2011 - É DIA DE PROVA!

Brasília – Parte dos 5,3 milhões de candidatos que farão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no final de semana não tem como principal objetivo conseguir uma vaga em universidade pública ou uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Cerca de 545 mil participantes declararam na ficha de inscrição que estão em busca do certificado de conclusão do ensino médio, que pode ser obtido sem que a etapa tenha sido concluída a partir do desempenho na prova.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Sinte-RN/Regional Macau

SINTE-RN - REGIONAL DE MACAU EMPOSSA NOVA DIRETORIA

Em cerimônia realizada nesta quinta-feira 20 na sede do SINTE-RN/Macau, a Comissão que presidiu o processo eleitoral para escolha da diretoria da Regional, empossou os novos membros. Em eleição de chapa única realizada no último dia 10, os novos coordenadores foram escolhidos para o triênio 2012/2014. O poeta e cordelista Manoel Prazeres deu o toque cultural da cerimônia. Professores e professoras, vestindo a camiseta da campanha nacional do Piso Salarial foram a atração principal do evento (Fotos:ArquivoMacauEducação).




Manoel Prazeres marcou a parte cultural do evento










quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Exame Nacional do Ensino Médio

ENEM 2011
Macau realiza, neste fim de semana, 22 e 23 de outubro, o Exame Nacional do Ensino Médio. Estima-se que 1.200 candidatos participem no Polo Macau. Na coordenação, Jorge Nazareno Lima Pinto, ex-secretário de Educação, Priscila Medeiros Vale e Zilmara Karina. As provas acontecerão nas escolas Clara Tetéo, Edinor Avelino e CEIMH. Cerca de 100 pessoas, entre pessoal de apoio e fiscais, estão envolvidas na organização do certame. Segundo o coordenador, os portões das escolas estarão abertos para os candidatos às 11h, fechando-se às 12h.

PROVAS - O Enem é composto por quatro provas objetivas com 45 questões cada uma e uma redação, que acontecerão no sábado 22 e no domingo 23:
Sábado: Ciências Humanas e suas Tecnologias, e Ciências da Natureza e suas Tecnologias, com duração de 4h30.
Domingo: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Redação e Matemática e suas Tecnologias, com duração de 5h.

DOCUMENTOS - Documentos necessários para o dia da prova:
·         Cédula de Identidade ou RG, emitida por Secretarias de Segurança Pública, Forças Armada, Polícia Militar ou Polícia Federal;
·         Identidade expedida pelo Ministério das Relações Exteriores para estrangeiros;
·         Identificação fornecida por Ordens ou Conselhos de Classe, que por lei tenham validade como documento de identificação;
·         Carteira de Trabalho e Previdência Social;
·         Certificado de Reservista;
·         Passaporte;
·         Carteira Nacional de Habilitação com foto.

IMPORTANTE - No dia da prova, o candidato deverá ter em mãos caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, obrigatória para o exame. O uso de outra cor impossibilita a leitura óptica do cartão de respostas.
Outros materiais, como lápis, borracha e lapiseira deverão ser depositados na embalagem porta objetos, que será distribuída a todos os participantes e deve ser guardada embaixo da carteira do candidato.

ATENÇÃO – Motivos que podem eliminar o candidato:
·         Qualquer espécie de consulta ou comunicação com outro participante;
·         Utilizar lápis, lapiseira, borracha, livros, manuais, impressos, anotações, óculos escuros e quaisquer dispositivos eletrônicos;
·         Deixar a sala de provas antes de decorridas duas horas do início do Exame.

Os gabaritos das provas objetivas serão divulgados na página do Inep, no endereço eletrônico www.inep.gov.br, até o terceiro dia útil seguinte ao de realização das últimas provas. Os participantes poderão acessar os resultados individuais do Enem 2011, a partir de 4 de janeiro de 2012, mediante inserção do número de inscrição e senha ou CPF e senha.

Fonte: ENEM/Polo Macau

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Livro atesta que Hitler teria morrido na década de 1960 na Argentina
LONDRES, 18 OUT (ANSA) - O livro "Grey Wolf: The Escape Of Adolf" (Lobo Cinzento: A Fuga de Adolf, em tradução literal do inglês), publicado recentemente na Grã-Bretanha, sustenta a tese de que Adolf Hitler teria falsificado seu suicídio em Berlim e escapado com sua companheira Eva Braun para a Argentina.
Segundo a publicação de Gerrard Williams e Simon Dunstan, Hitler teria falecido aos 73 anos, em 1962, no país sul-americano. Ele ainda teria tido duas filhas com Braun.

Williams, historiador e jornalista especializado na Segunda Guerra Mundial, declarou à emissora Sky News não ter tido a intenção de reescrever a história, mas que "a evidência que encontramos sobre a fuga de Adolf Hitler foi tão contundente que não pudemos ignorá-la".

O livro ainda indica que os serviços de inteligência norte-americanos teriam sido "cúmplices" da fuga do líder em troca de acesso à tecnologia de guerra que foi desenvolvida pelos nazistas neste período.

A versão oficial dos fatos aponta que o líder alemão suicidou-se com um tiro e Braun tomou uma dose de cianureto em 30 de abril de 1945, enquanto Berlim era invadida pelo Exército soviético.

Fonte:http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2011/10/18/jhtm, 21h00

PROFESSORES,

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No lugar das mentiras, tapinhas nas costas e promessas, os professores
e professoras fizeram a escolha lógica: protestar.
Sem a Educação não tem festa.


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