quarta-feira, 31 de agosto de 2011

COMPROMISSO

Professoras da Escola Municipal 25 de Junho ensinam criaças a ter respeito ao meio ambiente*

Jailsa de Fátima, diretora, Eleksandra Fernandes, professora e Maria Gorete.

Apesar dos salários baixos e das péssimas condições no ensino básico oferecido pela rede pública, alguns professores usam o magistério como um ofício sagrado, um verdadeiro sacerdócio em favor da educação das crianças. Em Macau, um grupo de professoras abnegadas da Creche Municipal 25 de Junho estão trabalhando a educação ambiental em sala de aula.

A escola é localizada no Porto de São Pedro, abrigando 132 crianças de 1 a 4 anos, estudando no Maternalzinho e Maternal I e II. “A criança é sempre um agente transformador, levando informação da escola para a casa”, disse a professora Alesandra Fernandes, ressaltando que o objetivo de ensinar o respeito ao meio ambiente é construir valores ambientais nas crianças e chamar a atenção dos adultos.

Na última sexta-feira, a Escola Municipal 25 de Junho realizou uma “Caminhada Ecológica” pelos bairros Arnóbio Abreu e Porto de São Pedro, demonstrando preocupação com a fauna e a flora macauense. Semana passada, a reportagem do Macau em Dia visitou a escola e constatou que as professoras Alexsandra Fernandes e Jailsa de Fátima estavam dando aulas com caranguejos vivos, apresentando um dos animais que vivem no eco-sistema dos mangues macauenses.
(*) Macau em dia


III COESAN-RN

O estado do Rio Grande do  Norte realiza nos dias 31/08 e 1º/09, no Hotel Imirá Plaza, Natal-RN, a III  CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DO RIO GRANDE NORTE. Em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome do governo federal, e apoio do CONSEA, SISAN e Conselhos Estaduais, o encontro trata da questão do direito básico à alimentação, que apresenta-se como uma das questões mais urgentes a ser enfrentada em todo o planeta.

Povos indígenas, remanescentes de quilombos, povos de comunidades de terreiros, população negra, comunidades e povos tradicionais, sociedade civil e setores governamentais discutem o tema "Alimentação Adequada e Saudável : DIREITO DE TODOS", sob a perscpectiva de três eixos básicos que tratam de questões como o acesso universal à alimentação adequada e saudável, distribuição de alimentos, educação alimentar e o apoio a iniciativas de promoção da soberanania alimentar, PNAE, entre outros.

A abertura da Conferência contou com a participação do professor Renato Maluf, presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional/CONSEA.

Desta discussão sairá um documento que será apresentado para a IV Conferência Nacional que se realizará em Salvador-BA, no mês de novembro.


Nadjaluce Barros, Conselheira estadual, Renato Maluf, Presidente do CONSEA e Pr. Airton Schroeder, Presidente do CONESAN-RN

Auditório na III Conferência Estadual de  Segurança Alimentar do RN

Participação no debate de diversos segmentos na Conferência

DELEGADAS Rita de Cássia da Silva Costa, Colônia de Pescadores Z09 e Francinete Melo dos Santos, Pastoral da Criança, representando o município de Macau.



terça-feira, 30 de agosto de 2011

COLAÇÃO DE GRAU - UFRN - PÓLO BENITO BARROS - MACAU-RN

ALEGRIA E REALIZAÇÃO

Momentos de realização e alegria na colação de grau ocorrida na última sexta-feira 26, no Porto de Ama. Familiares, professores, autoridades e convidados fizeram a festa, comemorando mais uma etapa na vida dos novos profissionais. Benjamim Araújo Neto, orador da turma, fez um discurso emocionante. Lembrou com alegria, emocionando a todos os presentes, a figura do professor Benito Barros. A professora Ione, paraninfa da turma, também lembrou a importância de Benito na história de vida dos formandos. Emilene Costa de Souza fez o Juramento oficial dos novos profissionais em Geografia e Química. Os macauenses da turma de novos profissionais presentes na cerimônia são Aurislande Batista de Oliveira Souza, Jailton de Souza Xavier, Marconi Marcolino de Lima e Richardson Carlos Coutinho da Silva.












DEDO NA FERIDA

Mais de 40% não tem aprendizado em leitura no 3º ano
Agência Brasil*
Amanda Cieglinski
Brasília – Mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do ensino fundamental não têm o aprendizado em leitura esperado para essa etapa. Isso significa que não dominam bem atividades como localizar informações em um texto ou o tema de uma narrativa. É o que aponta o resultado de uma avaliação aplicada no primeiro semestre deste ano a 6 mil alunos de escolas municipais, estaduais e privadas de todas as capitais do país. O objetivo era aferir o nível de aprendizado das crianças no início da vida escolar, após os três primeiros anos de estudo.
A Prova ABC é uma parceria do movimento Todos Pela Educação, do Instituto Paulo Montenegro/Ibope, da Fundação Cesgranrio e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A avaliação utilizou a mesma escala da desempenho adotada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), exame aplicado pelo Ministério da Educação (MEC) aos alunos do 5° e 9° do ensino fundamental. Por esse modelo, o aluno tem o aprendizado considerado adequado quando atinge 175 pontos. O desempenho médio em leitura dos alunos participantes da Prova ABC foi 185,5 pontos – mas há grande variação nas notas de escolas públicas e privadas e entre estudantes do Norte e Nordeste em relação ao restante do país.
Enquanto os alunos das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste tiveram desempenho acima da média nacional – chegando a 197 pontos no Sul – os do Norte e Nordeste atingiram, respectivamente, 172 e 167 pontos. Os resultados também variam entre as escolas públicas e particulares: a média dos estudantes da rede pública foi 175,8 pontos, contra 216,7 entre os da rede privada.
Os alunos que participaram da prova também fizeram uma redação para avaliar competências como coesão, coerência e adequação do texto ao tema proposto, além da observação das normas ortográficas e de pontuação. O desempenho esperado, em uma escala de 0 a 100, era pelo menos 75 pontos. Mas a média nacional foi 68,1, sendo a nota dos alunos das escolas públicas seis pontos inferior a essa média e a dos estudantes da rede privada, 18 pontos superior.
Também foi avaliado o conhecimento dos participantes em matemática, cuja média nacional foi 171,1 pontos – abaixo do nível determinado como aprendizado adequado. O aluno precisaria atingir 175 para ser considerado apto a resolver problemas envolvendo notas e moedas, além de dominar a adição e a subtração. Apenas 42% do total dos avaliados atingiram esse patamar.
As habilidades dos estudantes com os números também foi superior na rede privada, cuja média foi 211,2 pontos contra 158 na pública. Os alunos do Norte e Nordeste também tiveram resultados inferiores – 152,6 e 158, 2 pontos respectivamente – em relação aos participantes do Sul (185 pontos), Sudeste (179 pontos) e Centro-Oeste (176 pontos).
(*) Carta na Escola – Acesso em 30/08/2011

CONSEA-RN



RN promove conferência de segurança alimentar e nutricional
 

Depois de cumpridas todas as etapas das conferências regionais, o Rio Grande do Norte promove agora a Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, de 31 de agosto a 1º de setembro, em Natal, no Imirá Plaza Hotel, Via Costeira.

Entre julho e agosto, foram realizadas 10 conferências territoriais em cidades polos das regiões do Estado – Apodi, Ceará-Mirim, São Paulo do Potengi, Caicó, Pau dos Ferros, Santo Antônio, Natal, Santa Cruz, Macau e Mossoró.

A conferência estadual, cujo tema aborda a alimentação adequada e saudável como direito de todos, é preparatória para a 4ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, a ser realizada de 07 a 10 de novembro, em Salvador, Bahia.

Por orientação do Conselho Nacional, serão debatidos temas que se inter-relacionam e que foram estabelecidos como eixos temáticos: os avanços, as ameaças e a perspectivas para a efetivação do direito humano à alimentação adequada e saudável e a soberania, o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e o Sistema e Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

O evento vai reunir representantes de conselhos municipais, de prefeituras, do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, profissionais com atuação na área de segurança alimentar e técnicos de secretarias estaduais.

Para o presidente do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea-RN), Airton Schroeder, as conferências têm por objetivo subsidiar os debates e propostas que, ao final, vão contribuir para o processo de implantação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan), que tem por finalidade garantir a todo cidadão o direito à alimentação adequada e saudável. “O grande desafio às gestões governamentais será a intersetorialidade dos diferentes órgãos públicos nas três esferas de governo - federal, estadual e municipal - para a estruturação do Sisan”, disse Schroeder.

Fonte: Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional

NEOLOGISMO ENDÊMICO


DE PORTAS FECHADAS AO PÚBLICO


 
MACAU: O NAM AGONIZA
Núcleo de Atendimento Multidisciplinar não atende à sua clientela.
                                                            
Criado para o atendimento de profissionais da educação, e crianças, adolescentes e jovens com deficiências, matriculados regularmente nas escolas da rede pública municipal de Macau, o NAM agoniza.

Inicialmente composto por uma equipe de técnicos especializados na área de psicopedagogia clínica e institucional, psicologia, fonoaudiologia e pedagogia, o núcleo, vinculado à secretaria de educação do município está, hoje, praticamente com suas portas fechadas.

No local onde deveria funcionar, um prédio residencial - inadequado para as atividades a que se destina o núcleo -, só é possível encontrar a coordenadora-geral, uma psicopedagoga institucional, a professora itinerante, a recepcionista e a servente.

Segundo a coordenadora, professora Sirley Rochele Bezerra Maciel, no início do ano letivo, foi solicitada à secretaria municipal de Educação, além da contratação dos profissionais citados, a contratação de um técnico de Terapia Ocupacional e de dois professores intérpretes. Até a data desta edição, a situação não foi normalizada. Segundo o chefe do Executivo, 2011 é o ano da Educação em Macau. Resta esperar, nestes quatro meses que restam que situações absurdas como esta não tornem a se repetir.

Vítimas da falta de planejamento e da falta de compromisso do executivo municipal com a educação, 153 crianças e 4 professores estão sem o acompanhamento especializado a que tem direito.
                                   

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O LIVRO

ESTE SUBVERSIVO OBJETO DO DESEJO*



A paixão de Umberto Eco pelos livros levou o autor de “O Nome da Rosa” a aceitar o convite de um colega francês, Jean-Phillippe de Tonac, para, ao lado de outro bibliófilo, o escritor e roteirista Jean-Claude Carrière, discutir a perenidade do livro tradicional.

Os encontros resultaram em “Não Contem Com o Fim do Livro” (editora Record).

Para Eco a conclusão é óbvia: o livro é uma invenção consolidada, a ponto de as revoluções tecnológicas, anunciadas ou temidas, não terem como detê-lo.

“O livro, para mim, é como uma colher, um machado, uma tesoura, esse tipo de objeto que, uma vez inventado, não muda jamais. Continua o mesmo e é difícil de ser substituído. O livro ainda é o meio mais fácil de transportar informação. Os eletrônicos chegaram, mas percebemos que sua vida útil não passa de dez anos”, afirma o escritor.

(*) Ailton Medeiros

EDUCAÇÃO NACIONAL


PNE expõe projeto de disputa de sociedade

As quase três mil emendas apresentadas ao PL nº 8.035/2010, que versa sobre a aprovação do próximo Plano Nacional de Educação, revelam, por parte dos setores usuários e defensores da escola pública, a necessidade de se ampliar os compromissos do Estado brasileiro para com as políticas assecuratórias do direito à educação pública de qualidade, a exemplo do financiamento, da valorização profissional e da gestão democrática. Por outro lado, verificam-se fortes resistências de setores que disputam os recursos públicos - sobretudo aqueles destinados ao pagamento de juros da dívida - e que não desejam correr o risco de verem reduzidos seus dividendos em razão de possível incremento orçamentário nas políticas educacionais direcionadas às classes populares.
A composição do orçamento ainda mantém uma correlação de forças bastante desigual no Brasil, embora novos contrapesos tenham sido criados com a aprovação das emendas constitucionais nº 53 e nº 59. Estas, por sua vez, trataram de construir pilares para uma disputa orçamentária mais equânime e voltada aos princípios da Constituição, visto que o orçamento é a política pública mais estratégica para se apontar (e assegurar) os compromissos essenciais do Estado democrático de direito.
Neste momento em que o primeiro tempo do jogo político do PNE caminha para a definição - em breve o relator na Câmara dos Deputados apresentará substitutivo à matéria, restando, depois, o trâmite no Senado -, as forças conservadoras começam a articular-se por meio de seus porta-vozes oficiais (os jornais de grande circulação), a fim de pressionar os parlamentares a votarem de acordo com seus interesses. É o caso do editorial do jornal Folha de São Paulo, da última segunda-feira (22), que fulmina a proposta da sociedade, aprovada na Conae 2010, de aumentar para 10% o percentual de investimento do PIB em educação.
Importante notar que os investimentos públicos, mesmo em educação, aos quais as classes abastadas têm acesso ou são indiretamente beneficiárias por meio do orçamento, em nenhum momento são temas de debates nos meios de comunicação sob o princípio do contraditório. A hegemonia impera na grande imprensa quando as ações do Estado vão ao encontro dos interesses das classes dominantes.
E neste contexto de disputas sociais, não apenas o financiamento tende a (i)motivar desigualdades e discriminações econômicas e culturais. Também a matriz conceitual das políticas públicas o faz. É o caso do Pronatec, que tal como concebido pelo Governo volta-se, anacronicamente, pura e simplesmente ao suprimento de mão de obra barata para os detentores do capital. Já o programa Ciência sem Fronteira, direcionado ao público majoritariamente com passagem por escolas particulares de nível básico e em universidades públicas (itinerário excludente do aprendizado de sucesso no Brasil), destinará vultosos recursos do Estado (R$ 3,2 bilhões) para promover o fomento de tecnologias em benefício do capital privado brasileiro, sem nenhuma garantia de contrapartida empresarial.
Esses exemplos reforçam a necessidade de investimento na escola pública como política promotora do desenvolvimento com oportunidades para todos/as os/as brasileiros/as. Não basta incluir camadas sociais apenas para consumir e manter o status quo da dominação e dos privilégios de classes. É preciso fomentar a inclusão sustentável dos pobres e melhorar as perspectivas de vida digna da classe trabalhadora, desde já. Eis os compromissos que o Congresso Nacional deve perseguir por meio da aprovação do PNE e dos demais projetos enviados pelo Governo ao parlamento, que visam fomentar o desenvolvimento econômico (e necessariamente sustentável).
 
Fonte: CNTE