ESTE SUBVERSIVO OBJETO DO DESEJO*
A paixão de Umberto Eco pelos livros levou o autor de “O Nome da Rosa” a aceitar o convite de um colega francês, Jean-Phillippe de Tonac, para, ao lado de outro bibliófilo, o escritor e roteirista Jean-Claude Carrière, discutir a perenidade do livro tradicional.
Os encontros resultaram em “Não Contem Com o Fim do Livro” (editora Record).
Para Eco a conclusão é óbvia: o livro é uma invenção consolidada, a ponto de as revoluções tecnológicas, anunciadas ou temidas, não terem como detê-lo.
“O livro, para mim, é como uma colher, um machado, uma tesoura, esse tipo de objeto que, uma vez inventado, não muda jamais. Continua o mesmo e é difícil de ser substituído. O livro ainda é o meio mais fácil de transportar informação. Os eletrônicos chegaram, mas percebemos que sua vida útil não passa de dez anos”, afirma o escritor.
(*) Ailton Medeiros
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