INDIGNAÇÃO
Com quem é o compromisso?
O
desastre foi anunciado tão logo o ex-prefeito Flávio Veras anunciou que um dos
gerentes de uma das suas lojas seria o candidato a prefeito. As previsões se confirmaram. O depoimento da professora Elza Maria Oliveira de Matos
Araújo, Elzinha, como é conhecida por toda a comunidade macauense, é uma
atestado cabal do desastre administrativo do prefeito Kerginaldo Pinto (PMDB)
"Meu nome é Elza, mais
conhecida como Elzinha professora, trabalho atualmente na Biblioteca da escola
Municipal Edinor Avelino, no turno vespertino.
Sou professora de
Língua Portuguesa, no município, desde o 1º concurso público, isto é, há 15
anos. Porém, por motivo de problemas de saúde tive que ser afastada da sala de
aula e há alguns anos fui readaptada em outra função por ordem médica.
Então, ocorreu que no
mês de setembro eu estava em Natal, acompanhando minha filha que precisou ser
cirurgiada de urgência de parto prematuro, quando recebi uma ligação da
secretaria de Educação comunicando que ia haver uma reunião para os professores
readaptados e eu estava sendo convocada. Avisei que não teria condições de
participar pois estava no hospital com minha filha cirurgiada e disse que
quando voltasse entregaria o atestado médico.
Então, dia 11 de
setembro, vim a Macau, deixei a cópia do atestado na secretaria de Educação,
expliquei minha situação e solicitei o requerimento para licença para
tratamento de saúde familiar, a qual tenho direito, e precisava para dar
entrada na Previdência municipal.
Infelizmente, quase
não consigo pois o senhor Clóvis disse que eu fosse pedir a Gilson, Diretor, um
ofício me encaminhando para solicitar a licença. Liguei para Gilson e ele falou
que não ia fazer o ofício porque não precisava, mas o senhor Clóvis continuava
insistindo. Depois falou: “É, já que ele não quer fazer, vou fazer por conta
própria e se voltar não tenho culpa”.
E apesar do obstáculo
colocado pelo senhor Clóvis, consegui a minha licença. Até aí, tudo bem.
Só que no dia 28 de
setembro fui à Caixa Econômica receber o meu salário e não tinha sido
depositado, e o pior é que até hoje não recebi nem sei quando vou receber.
Então fui procurar
saber o motivo pelo qual não recebi o meu pagamento de setembro e o senhor
Clóvis simplesmente falou que foi porque eu não compareci ao exame médico para
os readaptados.
Quero, com este
esclarecimento, tornar pública a minha indignação diante da atitude
irresponsável e desrespeitosa que o prefeito Kerginaldo Pinto tomou de sustar o
pagamento dos salários de vários professores injustamente, como é o meu caso,
que estou de licença médica, quer dizer, amparada legalmente e mesmo assim fui
penalizada.
Vejam a que ponto
chegou o prefeito: perseguir e punir os professores readaptados sem justa causa
e sim por maldade mesmo.
Agora eu pergunto:
quem vai arcar com nossos prejuízos, causados pela atitude desumana desse
prefeito?
Quem vai pagar nossas
dívidas de aluguel, energia, água, alimentação etc.?
Prefeito, isso é caso
de Justiça por questões de sobrevivência mesmo. Ou o senhor não sabe?
Nós estamos passando
por constrangimentos, prejuízos financeiros, danos morais e pressão
psicológica.
Queremos nossos
salários já!"
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