quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Macau: prefeito suspende pagamento de professores

INDIGNAÇÃO
Com quem é o compromisso?
O desastre foi anunciado tão logo o ex-prefeito Flávio Veras anunciou que um dos gerentes de uma das suas lojas seria o candidato a prefeito. As previsões se confirmaram. O depoimento da professora Elza Maria Oliveira de Matos Araújo, Elzinha, como é conhecida por toda a comunidade macauense, é uma atestado cabal do desastre administrativo do prefeito Kerginaldo Pinto (PMDB)

"Meu nome é Elza, mais conhecida como Elzinha professora, trabalho atualmente na Biblioteca da escola Municipal Edinor Avelino, no turno vespertino.
Sou professora de Língua Portuguesa, no município, desde o 1º concurso público, isto é, há 15 anos. Porém, por motivo de problemas de saúde tive que ser afastada da sala de aula e há alguns anos fui readaptada em outra função por ordem médica.
Então, ocorreu que no mês de setembro eu estava em Natal, acompanhando minha filha que precisou ser cirurgiada de urgência de parto prematuro, quando recebi uma ligação da secretaria de Educação comunicando que ia haver uma reunião para os professores readaptados e eu estava sendo convocada. Avisei que não teria condições de participar pois estava no hospital com minha filha cirurgiada e disse que quando voltasse entregaria o atestado médico.
Então, dia 11 de setembro, vim a Macau, deixei a cópia do atestado na secretaria de Educação, expliquei minha situação e solicitei o requerimento para licença para tratamento de saúde familiar, a qual tenho direito, e precisava para dar entrada na Previdência municipal.
Infelizmente, quase não consigo pois o senhor Clóvis disse que eu fosse pedir a Gilson, Diretor, um ofício me encaminhando para solicitar a licença. Liguei para Gilson e ele falou que não ia fazer o ofício porque não precisava, mas o senhor Clóvis continuava insistindo. Depois falou: “É, já que ele não quer fazer, vou fazer por conta própria e se voltar não tenho culpa”.
E apesar do obstáculo colocado pelo senhor Clóvis, consegui a minha licença. Até aí, tudo bem.
Só que no dia 28 de setembro fui à Caixa Econômica receber o meu salário e não tinha sido depositado, e o pior é que até hoje não recebi nem sei quando vou receber.
Então fui procurar saber o motivo pelo qual não recebi o meu pagamento de setembro e o senhor Clóvis simplesmente falou que foi porque eu não compareci ao exame médico para os readaptados.
Quero, com este esclarecimento, tornar pública a minha indignação diante da atitude irresponsável e desrespeitosa que o prefeito Kerginaldo Pinto tomou de sustar o pagamento dos salários de vários professores injustamente, como é o meu caso, que estou de licença médica, quer dizer, amparada legalmente e mesmo assim fui penalizada.
Vejam a que ponto chegou o prefeito: perseguir e punir os professores readaptados sem justa causa e sim por maldade mesmo.
Agora eu pergunto: quem vai arcar com nossos prejuízos, causados pela atitude desumana desse prefeito?
Quem vai pagar nossas dívidas de aluguel, energia, água, alimentação etc.?
Prefeito, isso é caso de Justiça por questões de sobrevivência mesmo. Ou o senhor não sabe?
Nós estamos passando por constrangimentos, prejuízos financeiros, danos morais e pressão psicológica.

Queremos nossos salários já!"

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