Parada Municipal

2011 - O Ano Perdido da Educação em Macau Nem os “trinta dinheiros” nem a gravação em Chico de Paula fizeram com que os professores deixassem de fazer mais uma paralisação nas suas atividades nas escolas de Macau.

Os professores da rede pública municipal de Macau fizeram nesta terça-feira 6 de dezembro mais uma Parada Municipal de esclarecimento à população. Desta vez, o evento aconteceu na Cohab. A concentração inicial foi na EM Maura Bezerra. Em seguida, caminhando pelas ruas do conjunto habitacional, os professores finalizaram o ato de protesto na Praça Olda Avelino. Alunos e mães participaram da caminhada. Na ocasião, os professoes esclareceram aos moradores da Cohab a política atrasada e demagógica da atual administração do prefeito Flávio Veras.

Salvar o ano letivo  de 2011 - Em que pese a boa intenção do novo secretário de educação do município de Macau, quando disse que precisa salvar o ano letivo de 2011, a inciativa já perdeu o fôlego na primeira tentativa. Pelo pouco tempo que resta, e pelo arroubo quase juvenil do senhor secretário, as circunstâncias indicam que o intento não vai lograr êxito, pelo menos se as medidas tomadas pelo secretário seguirem o rumo atarantado que apontam...

 

Assemelhando-se aos desastrados exemplos do seu atual adjunto, exonerado por motivos políticos e de competência no gerenciamento da pasta,  o senhor Rodrigo Aladim parece estar trilhando o mesmo descaminho. E ao fazer, incorre no mesmo erro: esquecer os verdadeiros problemas, tal como a centralização por parte do prefeito, que corroem e atrasam, nos últimos sete anos, a Educação do município de Macau.

Obviedades – O secretário enviou para Chico de Paulo atendeu uma “espécie de aviso” em que comunicava que a “Secretaria de educação comunica que amanhã, 6 de dezembro, haverá aula normal.” Em Diogo Lopes, o anúncio, tolo porque óbvio, foi anunciado em horário impróprio, quando já passava das 22 horas. Ora, anunciar “aula normal” não é uma obviedade?!? Talvez para o secretário esta atitude assemelhe-se à invenção da roda. Entretanto, pelas sua risível obviedade, restou inócua: não houve aula em nenhum dos estabelecimento da rede pública municipal de Macau em virtude da Parada.

Empenhou-se, ainda, pessoalmente, em fazer com que as direções das escolas tomassem medidas para que os alunos que chegassem para assistir aulas permanecessem na sala de aula, aos cuidados, na maioria das escolas, dos próprios diretores ou até mesmo de pessoas que sequer fazem parte do quadro efetivo ou temporário dos estabelecimentos de ensino, como ocorreu na Creche São Franciso.

Teria o secretário prometido trinta dinheiros para quem fosse substituir os professores efetivos e contratados pelo processo seletivo que participaram da parada de protesto? Se prometeu, pagaria do próprio bolso?

Numa análise tosca, e fora de propósito, acrreditou o secretário, após um diálogo inicial acontecido na sexta-feira passada, que esta Parada Municipal (06/12) seria a última. Ele esqueceu apenas de combinar com os professores que estão ao longo dos útlimos anos desta administração tendo os seus direitos desrespeitados.

Considerando o momento natalino, é de se supor que o senhor secretário acredite mesmo nas palavras do prefeito. Se ele acreditar mesmo nas garantias dadas pelo prefeito, é possível mesmo acreditar em Papai Noel. Os fatos comprovam, entretanto, que nada que foi firmado, até hoje, entre o chefe do Executivo e a categoria foi cumprido.

Resta esperar pelo cumprimento da entrega de notebooks para os alunos da escola Maura Bezerra, ou a climatização das salas de aulas de todas as escolas do município. O atual adjunto de doutor Rodrigo Aladim também prometera, com a anuência do prefeito, uma tabela remuneratória que se revelou fictícia. Também prometeu a compra de cinco ônibus para o transporte escolar. Também prometeu a realização do concurso público para dezembro de 2009, 2010, e 2011... Papai Noel já traz 2012, e nenhuma das promessas feitas se cumpriram... Resta saber se o secretário de Educação acredita nas garantias dadas pelo prefeito quando do convite para assumir a pasta.

Enquanto alardeava seus propósitos, misto de demagogia e inexperiência, temperados com atitudes antidemocráticas, o senhor secretário esqueceu que os problemas mais prementes que grassam a Educação, mais notadamente nos últimos seis anos, não serão resolvidos com palavreado fácil. Gravações só em Chico de Paula...