Macau e o Processo Seletivo 2012

A Portaria 001/2012
Mudam os titulares apenas; a política de desrespeito com a categoria dos professores continua a mesma.

Com data de segunda-feira 16, a Portaria 001/2012 da Secretaria Municipal de Macau, assinada pelo senhor Rodrigo Aladim e afixada no mural da SME no dia 18 (como se não fosse necessária a publicização em locais públicos outros, como manda o princípio constitucional), dispondo sobre a Comissão que fará a seleção e contratação temporária de professores e supervisores para o ano letivo de 2012 é um primor de personalismo, com requinte autoritário.



Secretário nomeia a si mesmo como membro de uma Comissão com apenas 3 (trê) segmentos.

Dúvidas. A se concretizar o ato do secretário, o modus operandi da SME na escolha traz de volta a mesma prática do processo de 2011. A SME decide por todos os segmentos que fazem a Educação do município, marca da política centralizadora e desrespeitosa dos gestores do município de Macau com a Educação.

Primeira dúvida. A comissão não atende a um dos preceitos da transparência e legalidade: o secretário e sua diligente equipe de assessores decidiu que seria composta por apenas 3 (três) entidades. Esqueceu o princípio democrático e transparente da paridade. Numa Comissão que não se tem a igualdade de decisão, fica a suspeita que o processo começa viciado, da mesma forma que aconteceu em 2011.

Não se fazendo de rogado, convidou-se ele mesmo a ser um dos representantes, além da presidente do Conselho do Fundeb (?) e o Conselho Municipal de Educação. Apenas 3 (três) segmentos. Coincidência???

Segundo ponto. Em que pese as opiniões distintas da representação sindical e o titular da pasta da Educação de Macau, é inconcebível, numa relação que se quer democrática e transparente, que uma das partes mais interessadas no processo - o professor, e sua representação de classe, o sindicato - sejam alijados autoritariamente pelo  secretário de Educação e sua diligente equipe de assessores. Sinal que, como em 2011, não se quer a fiscalização e a transparência necessárias ao processo.

Questionado sobre o motivo da escolha dos membros dessa forma, o senhor secretário afirmou que ele e sua diligente equipe decidiram usar, pasmem, como modelo a mesma portaria utilizada no ano de 2011 quando a pasta era ocupada por Jorge Pinto, hoje secretário adjunto.

Uma pergunta emerge dessa decisão. Se o processo do ano de 2011, turbulento, cheio de falhas e suspeitas de favorecimento, e estas falhas são do conhecimento da diligente equipe que assessora o secretário, e do próprio secretário, por que decidiram pela mesma maneira de escolha?

As dúvidas e desconfianças ficam no ar...