quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Carta a uma futura assistente social
O caso de Ricardo ainda causa revolta na comunidade macauense em virtude da inoperância e incompetência das autoridades em solucionar a vergonhosa questão



“Eu tinha certeza que quando a secretária Magali Marcelino tomasse conhecimento do fato ela iria tomar providências... isso é bom porque cala certas pessoas que só fazem falar!”

O comentário acima, feito no Facebook, é da aluna do curso de Serviço Social na UNITINS/EADCON, Sabrina Dantas. No seu perfil da rede social, estranhamente, Sabrina se diz “Assistente Social Estagiária”...
Na primeira semana de setembro de 2011, a professora fez ciência do caso Ricardo direta e oficialmente à secretária Magaly Marcelino, levando, inclusive o pai do aluno. Margareth Carlos de Melo relatou a situação à secretária, que se comprometeu a resolver a situação. Só você acha, Sabrina, que a coisa está resolvida...
Minha cara, futura assistente social, isto aconteceu no início de setembro. Se souber fazer as contas, do início de setembro até agora, temos 65 (sessenta e cinco) dias de inoperância da secretária. Não foi por blog nenhum que Magaly Marcelino ficou sabendo, e sim pela professora do pai do aluno em questão em comunicação oficial da referida escola. Ao contrário do que você acha, apesar da sua defesa, a situação ainda não foi resolvida, querida aluna estagiária do curso de Serviço Social da UNITINS/EADCON, o que, cá pra nós, é uma vergonha, né não?
Recorro à bíblia, parafraseando Lucas 23;34: “Pai, perdoa a moça, futura assistente social, estagiária do CRAS/Macau; ela não sabe o que está dizendo”...
Ricardo ainda depende dos favores e da humanidade dos moradores da COHAB. O seu direito continua sendo desrespeitado pelos responsáveis. Só não sabe disse a moça que acima tenta defender a secretária Magaly. A volta ao assunto deve-se, primeiro, à revolta que o caso tem causado às pessoas e, segundo, porque as autoridades responsáveis se escondem, omitem-se, enquanto incautos e desavisados, como uma assistente social que estagia na secretaria chefiada por Magaly Marcelino, desandam a dizer bobagens, tentando a todo custo – um contrato futuro? -, tapar o sol com a peneira.
Pois bem, cara assistente social estagiária (?), que quis defender a secretária Magali Marcelino, o versículo bíblico, aqui parafraseado, dirige-se a você, e aos demais incautos ou oportunistas, que, desconhecendo os fatos em questão, abrem a boca para dizer bobagens, incorrendo em mentiras porque acreditam nas mentiras de outros, na tentativa de esconder a vergonha e a imoralidade do caso.
Desconheço as palavras do juramento do formando de Assistência Social. Mas digo que, sem medo de errar, não consta orientações para que os profissionais que irão para o mercado de trabalho ponham seus interesses pessoais à frente dos interesses da coletividade, do homem, da mulher, do jovem, do idoso, da criança, enfim, de todos os que, de uma forma ou de outra estão e são vulneráveis, correndo sérios riscos na sua existência diária, como a falta de um lar, de um teto, de comida, de merenda, de escola, de professor, e principalmente a falta da assistência legal por parte das autoridades responsáveis, aqui inclusas as assistentes sociais estagiárias(?) que escolhem vergonhosamente defender a incompetência gritante das autoridades municipais, como ocorre aqui na nossa cidade nesses dias.
Talvez a futura assistente social estagiária não conheça as palavras do seu juramento ao final do curso. Este desconhecimento não lhe dá, entretanto o direito de tripudiar, de incorrer nas mentiras, ou de tentar esconder descaradamente a incompetência da administração municipal, prefeito e secretária de assistência social de Macau. Talvez, quando for receber o seu diploma, e deixar de ser estagiária, assistindo a realidade cruel do dia a dia do povo macauense menos favorecido, mude a vergonhosa defesa do indefensável.
 Lembrete essencial: a verdade assentada nos fatos é condição sine qua non para que uma opinião, seja ela qual for, não seja desvirtuada, escamoteada, destorcida. Se não for assim, não passa de engodo, como é o caso da defesa feita pela aluna do curso de serviço social da UNITINS/EDACON, no afã de agradar a secretária Magaly Marcelino.
Mais de 60 dias põem por terra a sua ignorância e revelam que a sua certeza não resiste a uma simples amostra da verdade dos fatos. Aconselho que não acredite, como fez, nas palavras de pessoas que não merecem confiança, mesmo que estas pessoas elogiem a sua pessoa.  Não acredite, mais importante ainda, em pessoas que, em busca de autopromoção, não se importam em saber a verdade dos fatos, mentindo, inventando histórias, e, assim, fazendo com que estudantes universitárias como você incorram nas mentiras descabidas na tentativa de agradar os poderosos de plantão, cara Sabrina.
Last but no least, Sabrina. Geralmente as pessoas falam aquilo que vêem. Outras dizem aquilo que acham que deviam. Por fim, há pessoas que falam aquilo que alguém (um chefe, uma secretária, como exemplo) acha que elas devem falar. No primeiro e segundo caso, ao falar o que vêem e o que acham que deviam, correm o risco de errar, por desconhecimento dos fatos. Isto, de certa maneira, é perdoável. O terceiro caso, que é o das pessoas que tem o vergonhoso costume da bajulação, é diferente. Estas pessoas, no afã de agradara chefes e patrões se rebaixam ao mais pérfido e imoral comportamento, que é o de servirem de tapetes para serem pisadas, perdendo assim a dignidade. As pessoas calam por vários motivos. Alguns compreensíveis, outros não. O teu silêncio sobre o caso, como futura assistente social, é sinal de subserviência.
Cara Sabrina, aluna do curso de Serviço Social, estagiária que é na Prefeitura de Macau, na área da assistência social, relevando a sua pouca experiência, quando, chegar a hora do seu juramento de final de curso, talvez tenha que afirmar as palavras que seguem:

“Comprometo-me, diante de Deus e, principalmente, diante de mim mesmo, abraçar o serviço social como profissão, como meta e escolha de vida. Comprometo-me a exercer com dignidade e respeito a profissão de assistente social, buscando ser criativo, humano, sensível e atento às questões sociais, fazendo da escuta, da observação e da intervenção, hábeis instrumentos de trabalho. Comprometo-me a despir-me dos preconceitos para compreender "o outro", trabalhar os contrários em busca da democracia, fundamentado decisivamente nos valores éticos, na liberdade, na eqüidade e na justiça social”.
Não esqueça.

3 comentários:

  1. caro amigo nazareno,
    faço-lhe uma pergunta, Essa unitins/eadcom é reconhecida pelo MEC?

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  2. Meu caro, Nazareno, a Secretaria de Ação Social tá mais para luxo e glamour que para ação social de fato.


    Madre Tereza de Calcutá

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  3. DA REDAÇÃO: Sim, caro comentarista, sim: a UNITINS/EADCON é reconhecida pelo MEC.

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