sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Gestores

Jorge Pinto tinha razão

Secretária Mércia Barros recebe cheque de R$4 milhões do projeto Macau 2020.
Foto de Arafran Peter/GoogleImages

A despeito da sua desastrada gestão à frente da Secretaria de Educação de Macau, fruto do acordo político entre Eduardo Lemos (PSB) e Flávio Veras (PMDB), é necessário que se faça o reconhecimento às palavras do então secretário de Educação quando criticou a atual secretária de Educação que, na época das críticas, foi durante poucos dias sua subordinada.

Inicialmente, a professora Mércia Barros, atual secretária da Educação, fora indicada na cota de Eduardo Lemos para ocupar um cargo de confiança, para auxiliar o então secretário. Jorge Pinto disse que “... Ela não duraria uma semana no cargo...”. Segundo Jorge Pinto, a razão para a crítica se devia à inapetência e à incompetência. À época, as críticas do então secretário foram vistas, inclusive por este editor, como ciúmes, em face de luta intestina por cargos dentro do PSB.

Os fatos, entretanto, atestam as palavras do ex-secretário, corroboradas ainda por ações de auxiliares da atual secretária que, na busca por guarnecer a cozinha com talheres e outros objetos, incluindo tapetes, se dirigem à primeira dama e ao prefeito, quando deveriam seguir a hierarquia dentro dos padrões do serviço público.

Descontando a centralização de todas as decisões administrativas importantes que seriam da competência da titular da pasta, mas são tomadas única e exclusivamente pelo prefeito, os exemplos pipocam desde que a professora Mércia Barros assumiu o cargo. Jorge Pinto tinha razão. Três casos ilustram a afirmação do ex-secretário.

A tentativa de demissão dos professores contratados através do processo seletivo é o primeiro. Na ocasião, o prefeito fez com que a secretária assinasse as cartas de demissão, encerrando o vínculo contratual dos professores, mesmo com a existência de uma liminar da Justiça local determinando o contrário. Assinando as cartas de demissão, a secretaria estaria tomando para si as funções do cargo executivo. A secretária assinou as cartas, e, desmoralizada pelo próprio prefeito, não teve alternativa a não ser se desculpar.

O absurdo do segundo caso envolveu uma mesa. A mesa da cozinha da secretaria. A mesa era o local do cafezinho e também de reuniões dos funcionários. E como em toda reunião, assuntos diversos recheavam a pauta durante o café. Um dos assuntos ganhou certa gravidade e obrigou a intervenção da secretária. A secretária atestou mais uma vez a sua incompetência: ao invés de reunir os funcionários e cobrar deles a postura profissional necessária, determinou que Clóvis Henrique, hoje seu auxiliar direto, trancasse a mesa num dos cômodos do prédio, transferindo, em seguida a mesa – como se faz hoje com criminosos de alta periculosidade – para um outro local. A mesa, que inspirou tristes lamentos por causa da solidão, continua presa. A língua dos funcionários, entretanto, não.

Finalmente, os fatos obrigam-nos a afirmar que Jorge Pinto tinha mesmo razão. Em reunião com diretores das escolas, realizada nesta quinta-feira 17, a secretária Mércia Barros, que em diversas ocasiões confessou que não tem o que fazer frente às demandas dos diversos segmentos da pasta que comanda, uma vez mais atestou com sua atitude, que Jorge Pinto tinha e tem razão.

Mércia Barros, segundo as suas próprias palavras, encontra-se de “mãos atadas” frente aos problemas da pasta. Cabe uma pergunta: se desde que assumiu, a secretária está de mãos atadas, então por que permanece no cargo?

A reunião, que contou com a participação dos coordenadores do SINTE-RN/Macau Araújo Neto, Anailde Varela e Jussiêr Gomes, tratou da questão do encerramento do ano letivo, tendo em vista o cumprimento da legislação no que diz respeito à carga horária a ser cumprida. Ao invés de trazer para a reunião uma proposta para ser apresentada e discutida entre os presentes, a secretária fez algo inusitado: perguntou aos representantes do sindicato o que eles iam fazer, como se a pauta de atividades da secretaria fosse de responsabilidade do sindicato. Quer exemplo maior para confirmar as palavras do ex-secretário?

Jorge Nazareno Lima Pinto estava certo, a despeito de tudo.

3 comentários:

  1. Mércia é omissão
    Jorge um desastre

    Tadinha da nossa educação!



    IDEB

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  2. Daqui a quatro anos ainda colheremos frutos negativos plantados pelos trigestores Jorge Pinto, Mércia Barros e Flávio Veras, frente a educação de Macau.


    Censo 2011

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  3. E além de tudo, Flávio tá dando corda a ela para ficar. Dona Mércia, é só enquanto ele não faz acordo com outros!!! E aí perderás de tudo (a amizade do Eduardo). Mércia vc tá sendo traíra com o nosso grupo!

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